Todos os anos uma média de 250 mil pessoas desaparecem no Brasil, sendo 40 mil menores de 18 anos. Há alguns anos, campanhas para ajudar na busca desses jovens costumam inovar com mídias alternativas, como caixas de leite e contas de luz, para causar uma maior impacto e alcance em suas mensagens .Em novembro, a ONG Mães da Sé encontrou mais uma maneira criativa de estampar a imagem e história dessas pessoas.
Em parceria com com a Móveis Campo Largo, de Curitiba, a ONG usou os porta retratos de todas as unidades da loja de mobília para substituir as fotos decorativas tiradas de banco de imagens por fotos reais de jovens desaparecidos, em uma ação chamada Retratos da Esperança. Em todas as fotos, estão informações como o nome completo, a idade e desde quando a pessoa está desaparecida.
Criada pela agência OpusMúltipla, a campanha também está compartilhando nas redes sociais um filme (veja acima) que mostra toda a ação nas lojas e alerta para a gravidade do problema no Brasil. “Só divulgando essas fotos é que essas crianças vão poder voltar para casa. E isso tambem serve para gente ver que qualquer um de nós pode compartilhar essas imagens”, diz uma funcionária da Móveis Campo Largo. O gerente da rede, Cleyton Cezar Dalberto, complementa: “Ajudar a divulgar essas criançaas desaparecidas e aliar essa ação social ao nosso produto é uma honra para a Móveis Campo Largo”.
De acordo com os dados da Fundação de Ação Social (FAS), das 40 mil crianças desaparecidas, cerca de 15% não são encontradas. Para orientar os pais para diminuirem a chance de desaparecimento de seus filhos.
Em 2009, a organização Mães da Sé lançou uma revista para orientar os pais com dicas que podem evitar o desaparecimento de crianças. Entre as dicas, estão: tirar o RG da criança o quanto antes, ensiná-la o número do telefone de casa, orientá-la a não dar informações à estranhos e garantir que ela sempre esteja acompanhada de alguém de confiança. O Mães da Sé tem como missão colaborar com casos de desaparecimento de crianças e fiscalizar e apoiar a atuação das autoridades governamentais. Para saber mais, acesse www.maesdase.org.br.
